Saber criar personagens cativantes é meio caminho
para conquistar o leitor. Podemos dividir os personagens em duas categorias
geométricas: os planos e os esféricos.
Personagens
planos são superficiais, e não são necessariamente piores do que os complexos,
desde que tenham uma função a desempenhar dentro de uma história onde o foco
são as ações, os acontecimentos, e não esses personagens. É comum personagens
planos serem estereotípicos – o cientista maluco, a sogra infernal, a empregada
gostosa, o gay efeminado e o milionário excêntrico são alguns exemplos de
estereótipos –, mas há que se ter cuidado com esses perfis genéricos, pois costumam
ser ofensivos. Personagens planos carregam a cruz de serem sempre o que são;
podem até se redimir, mas não mudam. Não costumam ser bons protagonistas, e o
leitor pode ficar enfastiado por serem óbvios e previsíveis.